MPF REQUER CONDENAÇÃO DE GRUPO ENVOLVIDO EM ESQUEMA DE OBRA SUPERFATURADA NO RN
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ex-prefeita Wanira de Holanda |
Lista
de réus inclui ex-prefeita e ex-juiz eleitoral que atuava como
assessor de Sítio Novo, onde construção de açude foi usada para
desviar recursos públicos
O
Ministério Público Federal (MPF) apresentou alegações finais na
ação penal que aponta o envolvimento da ex-prefeita de Sítio Novo,
Wanira de Holanda, e do ex-assessor jurídico e ex-juiz eleitoral do
TRE/RN, Verlano Medeiros, e outros dez participantes de um esquema de
corrupção que resultou no superfaturamento da construção do açude
João Raimundo da Silva, na comunidade de Catolé, em Sítio Novo
(RN). A obra foi realizada através de dispensa indevida de licitação
e de falsidade ideológica, resultando em desvio de recursos
públicos.
Além
dos dois, são réus o engenheiro responsável pela obra, Claudionor
Ferreira da Costa; o engenheiro que atestou indevidamente a
realização dos serviços, José Aroldo Queiroga de Morais; o
secretário municipal de Obras, José Clidenor da Rocha; e os
representantes da Construtora Primos Ltda., que ganhou a suposta
licitação: José de Nicodemo Ferreira Júnior e José Nicodemo
Ferreira. Também foram denunciados os então membros da Comissão de
Licitação: Jeová Batista de Paiva, Janiere Ferreira de Lima e José
Ronilson Lourenço de Carvalho; e os empresários José Gilson Leite
Pinto (Veneza Construções) e Francisco José Ciriaco Júnior (Base
Construções).
Trancamento
– A ação penal aguardava julgamento porque havia sido
suspensa em relação a Verlano Medeiros, através de uma liminar que
determinava a apreciação de um habeas corpus em seu favor. O STF,
porém, revogou a liminar, tendo negado seguimento ao habeas corpus e
permitido que a denúncia voltasse a tramitar.
O
mesmo, porém, não ocorre em relação à ação de improbidade
administrativa movida pelo MPF, em decorrência do mesmo fato, que
segue trancada em relação ao ex-juiz por decisão do Tribunal
Regional Federal da 5ª Região (TRF5), enquanto todos os demais réus
já foram condenados.
Participação
- Verlano Medeiros elaborou e assinou o parecer jurídico, além
de atestar - como assessor jurídico da prefeitura - diversos
documentos que permitiram a simulação da licitação (supostamente
realizada em 2006), quando na verdade ocorreu a contratação direta
e irregular da Construtora Primos.
Esse
esquema foi apenas um dos vários envolvendo desvios de recursos
públicos e procedimentos licitatórios realizados ilicitamente entre
os anos de 2006 a 2008 em Sítio Novo, quando o município era
administrado por Wanira de Holanda. Ao todo, o MPF já apresentou 16
ações penais e nove por improbidade relacionadas a irregularidades
semelhantes cometidas no mandato da ex-prefeita.
A
denúncia específica do MPF quanto ao açude João Raimundo e as
alegações finais são de autoria do procurador da República
Fernando Rocha. A investigação nasceu de um relatório da
Controladoria Geral da União (CGU), de 2009, que apontou a
ocorrência das ilicitudes e calculou o superfaturamento em R$
18.106,96.
Acusações
– Todos os 12 réus respondem por falsidade ideológica de
documentos públicos (art. 299, do Código Penal); por dispensa
indevida de licitação (art. 89 da Lei n° 8.666/1993) foram
denunciados a ex-prefeita, o ex-juiz, além de José de Nicodemo e
José de Nicodemo Júnior, Jeová Batista, Janiere Ferreira, José
Ronilson, José Gilson e Francisco José Júnior. Já por desvio de
recursos públicos (art. 1º, I, do Decreto-Lei n. 201/1967), Verlano
Medeiros, José de Nicodemo e José de Nicodemo Júnior.
A
ação penal tramita na Justiça Federal sob o número
0000088-23.2016.4.05.8400.
http://www.mpf.mp.br/rn/sala-de-imprensa/noticias-rn/mpf-requer-condenacao-de-grupo-envolvido-em-esquema-de-obra-superfaturada-no-rn
http://www.mpf.mp.br/rn/sala-de-imprensa/noticias-rn/mpf-requer-condenacao-de-grupo-envolvido-em-esquema-de-obra-superfaturada-no-rn
MPF REQUER CONDENAÇÃO DE GRUPO ENVOLVIDO EM ESQUEMA DE OBRA SUPERFATURADA NO RN
Reviewed by Erivan Justino
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segunda-feira, maio 18, 2020
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