RN PERDEU 13 MIL EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA APENAS EM 2020




Mais de 13 mil postos de trabalho com carteira assinada foram fechados no Rio Grande do Norte entre janeiro e abril, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia. O saldo negativo no período é resultado de 53.151 demissões e 40.043 contratações.

Com esses números, o Estado acompanha a tendência nacional. Segundo o mesmo Caged, nos quatro primeiros meses do ano, o Brasil fechou 763 mil vagas de emprego formal. O mês de abril foi o pior até agora, com saldo negativo de 860 mil postos de trabalho. É a maior demissão registrada na série histórica, que começou em 1992.

No Rio Grande do Norte, o mês de abril também foi o pior este ano. Somente no mês passado, foram fechados 8.303 postos de trabalho. Em março, haviam sido 1.874 empregos perdidos; em fevereiro, 2.639; e, em janeiro, 1.734. No total, com ajustes, foram 13.108 empregos com carteira assinada encerrados no Estado.

Para se ter uma ideia do tamanho da redução, em 2019, o Rio Grande do Norte encerrou o ano com um saldo positivo de 3.741 empregos: resultado de 149.222 contratações e 145.481 demissões.

Segundo o Ministério da Economia, o setor que mais demitiu no Rio Grande do Norte em abril foi o de serviços. Foram 3.742 postos de trabalho fechados. Em seguida, vem o comércio, com saldo negativo de 2.167. Na sequência, os que mais demitiram foram indústria (848), agropecuária (791) e construção civil (755). Nenhum setor teve saldo positivo.

Ao comentar os números nacionais nesta quarta, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o “copo está meio cheio” e que, apesar das demissões, empregos estão sendo preservados com medidas como suspensão de salários e redução de jornada.

“Desemprego não é algo para comemorar, a preservação de empregos é (comemorável). O copo está meio cheio, estamos preservando emprego e renda”, afirmou.

Bianco reconheceu que os números do Caged são duros e refletem a pandemia do novo coronavírus, que forçou o fechamento de empresas a partir de março no País. “O Brasil está conseguindo preservar empregos, mas não manter nível de contratação”, afirmou.

De acordo com o secretário, os dados vão ajudar o governo a formatar uma nova fase de políticas públicas, para estimular contratações, mas não detalhou medidas.

Até 26 de maio, 8,154 milhões de trabalhadores foram atingidos com medidas como redução do salário e jornada.

Essa é a primeira divulgação dos dados sobre empregos formais relativos ao ano de 2020. O último resultado tornado público pelo governo foi o de todo ano passado - que saiu em janeiro deste ano.

No fim de março, o Ministério da Economia suspendeu a divulgação do Caged porque empresas haviam deixado de enviar informações, principalmente referentes às demissões de trabalhadores formais.

Varejo deixou de faturar R$ 136 milhões em 2 meses

O setor de comércio e serviços do RN aguarda boas notícias para a próxima semana, quando a governadora Fátima Bezerra poderá ou não flexibilizar a volta ao trabalho de outros setores ainda impedidos de abrir as portas devido à pandemia do novo coronavírus.

Hoje, 47% das empresas que receberam autorização para funcionar dentro de protocolos de segurança sanitária viram suas receitas desabarem até 70% ao mês em março e abril, segundo Marcelo Queiroz, presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN).

Durante transmissão ao vivo na internet promovida nesta quarta-feira (27) pela Fecomércio RN, na qual Queiroz mediou questões sobre os reflexos locais da pandemia junto a representantes de entidades do setor, ao menos dois pontos sobressaíram.

Primeiro, a necessidade de as empresas revisarem com urgência a necessidade de reforçar vendas pela internet junto ao consumidor local, inclusive agilizando trocas de mercadorias. Esse aspecto foi levantado pela vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Maria Luíza Fontes.

O segundo ponto foi a necessidades de as empresas se aparelharem para oferecerem a melhor sensação de segurança a seus clientes no pós-pandemia, buscando formas de atender todos os protocolos exigidos pelas autoridades sanitárias.

Schiavo Álvares, presidente da Associação Comercial do RN, disse esperar boas notícias sobre o relaxamento da quarentena por parte do Governo do Estado já na próxima semana, mas foi alertado por Itamar Manso Maciel, presidente da Associação Comercial do RN, que talvez ainda seja cedo para se criar essa expectativa.

Segundo o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, entre março e abril, o setor de comércio varejista deixou de faturar R$ 136 milhões.

"Considerando as empresas ainda não autorizadas a funcionar pelo decreto estadual da pandemia, 46 mil empresas já fecharam as portas no Estado”.
Um consenso marcou a live promovida pela Fecomércio RN: o retorno às atividades normais dependerá da disposição da comunidade, na medida do possível, de cumprir as normas de isolamento social.
RN PERDEU 13 MIL EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA APENAS EM 2020 RN PERDEU 13 MIL EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA APENAS EM 2020 Reviewed by Erivan Justino on quinta-feira, maio 28, 2020 Rating: 5

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