PROCURADORA DA REPÚBLICA, MARIANE DE MELLO, DIZ QUE BBOM NÃO É PIRÂMIDE
A
Embrasystem, dona da marca BBom, não precisa de autorizações da Agência
Nacional de Telecomunicações(Anatel) e do Departamento Nacional de
Trânsito(Denatran) para operar seu sistema de rastreamento de veículos.
A falta de aval desses órgãos
foi usada como argumento pelo Ministério Público Federal em Goiás
(MPF-GO) e pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para acusarem a
empresa de ser uma pirâmide financeira.
Bloqueio
As atividades Embrasystem e de outras
empresas do grupo estão bloqueadas desde julho por liminar (decisão
temporária). A suspeita é que os donos da empresa tenham usado a BBom,
braço de marketing multinível da empresa, para constituir uma pirâmide
financeira com cerca de 300 mil integrantes.
Esses integrantes, chamados de
associados, pagaram taxas de adesão que variam de R$ 600 a R$ a R$ 3 mil
com a promessa de lucrarem com a revenda de rastreadores. Na última
terça-feira (6), o MPF-GO e o MP-GO entraram com uma ação civil pública
para extinguir a empresa e determinar a devolução das verbas aos
associados.
Ao pedirem a liminar, o MPF-GO e o MP-GO
argumentaram que o grupo Embrasystem não tinha autorização da Anatel
para operar no sistema de rastreamento, como a agência informou aos
procuradores e promotores. O Denatran também afirmou que a empresa
também não tinha homologação do órgão.
Acontece que a Embrasystem não precisava
dessas autorizações para o tipo de atividade que desempenha. E isso não
foi informado pela Anatel e pelo Denatran, segundo a procuradora da
República Mariane de Mello, uma das responsáveis pela investigação
contra a BBom.
Vendeu 1 milhão, comprou 69 mil
A procuradora Mariane considera, porém,
que tais questões livram a empresa da suspeita de ser uma pirâmide. A
grande questão é que a Embrasystem vendeu muito mais rastreadores do que
consegue entregar, diz a promotora – algo semelhante ao que ocorreu com
a Avestruz Master, um dos mais conhecidos esquemas de pirâmide
financeira do Brasil.
"Esses são os menores problemas da BBom,
pois configurariam irregularidades administrativas. ?Bastaria que
recomendássemos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)”, afirma
Mariane ao iG. “O problema que o MPF acredita que não
tem solução é o fato de a BBom ter vendido 1 milhão de rastreadores e
comprado apenas 69 mil de seu fornecedor."
Desses 69 mil rastreadores, apenas 16
mil estavam disponíveis para pronta entrega, segundo um documento
anexado aos autos. A Avestruz Master revendeu 600 mil aves, mas só tinha
38 mil para entrega, lembra Mariane.
Fonte: Portal IG
PROCURADORA DA REPÚBLICA, MARIANE DE MELLO, DIZ QUE BBOM NÃO É PIRÂMIDE
Reviewed by Erivan Justino
on
sábado, agosto 10, 2013
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