CASO TELEXFREE:
Sem conseguir provar nada contra a empresa polícia do Acre volta a investigar divulgadores da Telexfree
Na Telexfree, grandes divulgadores são conhecidos como "team builders"
A Polícia Civil do Acre foi autorizada a retomar a investigação sobre possíveis crimes cometidos não só pelos donos da Telexfree ,
mas também pelos divulgadores – como são chamados aqueles que colocaram
dinheiro no negócio, suspeito de ser uma pirâmide financeira.
Antes do bloqueio do inquérito, segundo o iGapurou, ao menos cinco grandes divulgadores da Telexfree – geralmente conhecidos como team builders – já haviam sido ouvidos pela polícia.
A investigação fora iniciada no fim de junho, logo após a Telexfree ser bloqueada num outro processo . No começo de julho, foi suspensa por liminar (decisão temporária) do desembargador Francisco Djalma , do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
O
pedido de bloqueio do inquérito foi feito pelos representantes da
empresa com o argumento de que já existe outro inquérito policial contra
os sócios da Telexfree em Vitória (ES), onde está a sede da empresa.
Uma pessoa, justificou a defesa, não pode ser julgada duas vezes pelo
mesmo crime.
Fonte: IG
Nesta
quinta-feira (1), os desembargadores Samoel Evangelista e Eva
Evangelista derrubaram a liminar, atendendo a uma solicitação do Grupo
de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Acre
(Gaeco/MP-AC), que determinara a abertura do inquérito criminal .
Os
magistrados entenderam que o inquérito acriano também tem como alvo os
divulgadores do Estado – e, por isso, é diferente da investigação
capixaba. Esse foi o tom da argumentação do MP-AC.
"O inquérito policial não tem, portanto, como objeto, apurar primordialmente a conduta do paciente Carlos Roberto Costa [ um dos sócios da Telexfree ], e sim, as condutas dos principais divulgadores neste Estado", escreveram os promotores.
Além
de crime contra a economia popular – como é descrito o delito de
pirâmide financeira –, os divulgadores podem responder por estelionato,
formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
"Sem
esquecer de crime contra as relações de consumo, por fazerem propaganda
enganosa", diz o promotor Rodrigo Curti, do Gaeco/MP-AC, lamentando o
bloqueio. "A paralisação [ do inquérito ] trouxe sérios prejuízos para a investigação."
Foco nos (grandes) divulgadores
A
reabertura do inquérito no Acre é um outro indicativo de que as
investigações de supostas pirâmides financeiras têm se voltado não só
para os criadores e donos desses esquemas, mas também para quem atrai
gente para os negócios.
Nesta semana, o iG mostrou
que as apurações da força-tarefa nacional antipirâmide têm indicado
que grandes arregimentadores seriam responsáveis por fazer a interface
entre um esquema fraudulento e outro, permitindo assim a perenidade
desse tipo de crime mesmo com o fechamento das empresas de fachada. Por isso, os líderes das redes suspeitas seriam investigados .
Procurada durante a tarde desta sexta-feira(2), a Telexfree informou que não iria se pronunciar.
Fonte: IG
CASO TELEXFREE:
Reviewed by Erivan Justino
on
domingo, agosto 04, 2013
Rating:
Nenhum comentário:
Seu comentário passará por uma avaliação...