NEYMAR VOLTA A TERESÓPOLIS PARA DAR "APOIO MORAL" À SELEÇÃO

Com um boné preto, uma camisa preta por baixo de uma jaqueta preta e calça jeans, Neymar apareceu no campo do centro de treinamento da CBF para conversar com os jogadores da seleção brasileira na tarde de ontem. Em seguida, conversando com a imprensa, o craque revelou um misto de humilhação com a derrota para a Alemanha por 7 a 1 e de orgulho por fazer parte da Seleção Brasileira. "Depois de uma derrota dessa a gente se sente humilhado. Ninguém precisa falar para gente. Não tenho vergonha de falar que fiz parte dessa equipe que perdeu de 7 a 1. Eu tenho orgulho de falar que joguei com Thiago Silva, Fred... Porque sei das pessoas que estão ali. Cada filho, cada pai de família", disse.

O treino foi interrompido após a chegada do atacante, que estava em sua casa em Guarujá, litoral paulista, se recuperando da fratura de uma das vértebras que encerrou sua participação na Copa do Mundo logo depois da vitória sobre a Colômbia pelas quartas de final. Ele viajou de avião até o Rio e de van até Teresópolis.

Neymar chegou e, levantando a camiseta, mostrou a um membro da comissão técnica que está usando a cinta ortopédica que faz parte da sua recuperação. Ele não manca, mas caminha lentamente e, quando abraça os companheiros, mostra dificuldade em se curvar.

Neymar se reintegra à delegação e vai junto para Brasília, onde no sábado o Brasil disputa o terceiro lugar da Copa do Mundo contra a Holanda, às 17h. Ele poderá ficar até no banco de reservas, já que continua inscrito na competição.

Em entrevista coletiva, Neymar afirma que vai torcer pela Argentina na final do Mundial. "O merecimento de Alemanha e Argentina, por terem chegado à final, é muito grande. Desejo sorte as duas equipes. Pela história do Messi, por ter conquistado tudo, ele merece esse título. Por ser um amigo, um companheiro, vou torcer por ele", revelou.

Sobre a contusão, Neymar se emocionou. "Foi um lance que, se fosse dois centímetros para o lado, eu estaria em uma cadeira de rodas", disse o jogador, sem conseguir segurar as lágrimas. "Para quem sabe futebol, que conhece, entende que, quando você quer parar um contra-ataque, você empurra, segura, chuta o tornozelo. Do jeito que aconteceu, não é normal", apontou o jogador.