MPF EM ASSU FECHA ACORDO COM 13 MUNICÍPIOS PARA CONTROLE DE PONTO DE SERVIDORES DA SAÚDE
Trabalho
conjunto com o MP Estadual visa coibir irregularidades. Denúncias
apontam que profissionais desrespeitam carga horária e prejudicam a
população
O
Ministério Público Federal (MPF) em Assu firmou Termos de
Ajustamento de Conduta (TACs) com 13 municípios de sua área de
atuação, nessa terça e quarta-feira (14 e 15). Os acordos visam à
instalação de Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP) que
garanta o controle da jornada de trabalho dos servidores da saúde
vinculados ao Programa Saúde da Família.
Assinaram
os TACs com o MPF - representado pelo procurador da República Victor
Queiroga – os municípios de Angicos, Assu, Bodó, Campo Grande,
Carnaubais, Galinhos, Guamaré, Ipanguaçu, Lajes, Paraú, Santana do
Matos, São Rafael e Triunfo Potiguar. Participou das reuniões,
ainda, a promotora de Justiça Iara Pinheiro, coordenadora do Centro
de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) da Saúde. O MP Estadual
vem atuando junto com o MPF no combate às irregularidades em todas
as regiões do Rio Grande do Norte.
De acordo
com o procurador Victor Queiroga, tem sido “recorrente o
recebimento de representações, no MPF, por parte de cidadãos que
não são atendidos no SUS pela ausência ou atraso de médicos,
odontólogos, enfermeiros e demais profissionais da área”. O SREP
deve controlar a jornada dos servidores concursados, contratados
temporariamente e mesmo os prestadores de serviços que atuem no
Sistema Único de Saúde (SUS) e na Política Nacional de Atenção
Básica.
Novos
TACs - Na próxima quarta-feira, dia 22, representantes de outros
sete municípios irão à Procuradoria da República em Assu para
tratar do mesmo assunto: Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Fernando
Pedroza, Itajá, Macau, Pedro Avelino e Pendências. Nenhuma
prefeitura da região se negou, até o momento, a assinar os TACs e
todas se comprometeram a providenciar a instalação e funcionamento
do sistema até o dia 15 de setembro.
Os termos
preveem, além da instalação do SREP, que os municípios manterão
atualizado o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, com
todos os dados dos profissionais, dos serviços e dos
estabelecimentos ambulatoriais, públicos e privados sob sua gestão.
As informações sobre o cumprimento da jornada devem ser repassados
periodicamente ao MPF, para controle, e a própria Prefeitura deverá
implantar um sistema interno de fiscalização.
Outra
medida prevista é garantir o fornecimento, ao cidadão, de certidões
que atestem a falta de atendimento nas unidades, inclusive constando
o motivo. Atualmente esse tipo de informação é transmitida de
forma “verbal e lacônica”, sem esclarecer o prazo de
agendamento, o tempo de espera ou apresentar justificativas para o
indeferimento de exames ou entrega de medicamentos.
As
prefeituras deverão instalar nas salas de recepção quadros que
informem ao usuário, de forma clara e objetiva, o nome dos médicos,
odontólogos, enfermeiros e demais profissionais em exercício e o
horário de início e de término da jornada de trabalho. Os
registros de frequência dos profissionais deverão ficar disponíveis
a qualquer cidadão, inclusive com o Município divulgando na
Internet o local e horário de atendimento de cada um.
Em caso
de descumprimento dos TACs, o prefeito municipal em solidariedade com
o Município pagará multa de R$ 5 mil por cláusula não cumprida
integralmente. O valor será somado a uma multa diária de R$ 500
para cada profissional encontrado em situação irregular, que não
tenha sido devidamente cadastrado ou não esteja cumprindo a carga
horária.
MPF EM ASSU FECHA ACORDO COM 13 MUNICÍPIOS PARA CONTROLE DE PONTO DE SERVIDORES DA SAÚDE
Reviewed by Erivan Justino
on
quinta-feira, junho 16, 2016
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