CULTURA CRIMINAL DOMINA CADA VEZ MAIS A SOCIEDADE. INFELIZMENTE!
Observe essa matéria, escrita por Olavo Freitas Mendonça, e tire suas conclusões:

Assim como na vida humana normal, com a sua valorização e propagação daquilo que lhe é mais caro, existe no submundo do crime a mesma força criativa, só que empregada em sentido contrário.
Essa subcultura vem crescendo de maneira assustadora entre os adolescentes e jovens, ricos ou pobres, e que tem a sua manifestação mais intensa na música (estimulando crimes como roubos, assassinatos, tráfico e consumo de drogas, formação de gangues, tortura, ódio a polícia e a pessoas com maior poder aquisitivo, etc.), nas roupas, no modo de falar e nos gestos.
Essa subcultura não poderia existir sem todo um aparato ideológico que vê o conjunto existencial humano como um esquema ridículo de "luta de classes" e que por meio de "teses" acadêmicas e de políticas equivocadas e com a sua divulgação na grande mídia, alimenta e retroalimenta esse círculo vicioso de apologia a tudo de ruim que pode existir em uma sociedade, gerando morte, dor e sofrimento.
Sinais individuais e coletivos da cultura criminal. Os sinais externos da cultura criminal podem ser individuais ou coletivos. Sinais individuais: Roupas, linguagem, tatuagens, cordões, adereços e gestos.
Sinais individuais: Os primeiros sinais individuais da cultura criminal se manifestam ainda na segunda infância e na adolescência, sendo o primeiro a se manifestar é a linguagem, reproduzindo os sinais coletivos das gírias. Em algumas Sociedades a massificação dessas gírias consegue inclusive mudar a linguagem normal das pessoas não criminosas, incorporando as gírias as conversações cotidianas. Um exemplo clássico é a cidade do Rio de Janeiro onde as gírias da marginalidade e sua forma própria de pronunciá-las incorporou-se a fala de quase toda a população não criminosa.
Linguagem: Gírias - Essa linguagem tem por objetivo, em um primeiro momento, valorizar o grupo, com uma maneira própria de falar e dar nomes que somente os membros sabem o que significa exatamente. Isso se aplica a cargos e funções do crime, como aviãozinho, vapor, segurança, boca, carga, pacote, peças, etc.
Roupas:
Tatuagens: As tatuagens são uma parte fundamental e antiga da cultura criminal, sendo usadas há séculos por razões diferentes mas com o mesmo objetivo: Intimidar e mostrar força e poder, ou marcar o "dono" daquela pessoa.
Simboliza a sua periculosidade e isso dá prestígio no meio criminal. |
As tatuagens são próprias de várias culturas e povos, sempre com um senso de sagrado e de espiritualidade. Geralmente o sentido de se tatuar é se consagrar a uma entidade colocando-se como sua posse. Esse costume foi mantido pelos séculos e é por isso que as legiões Romanas obrigavam os seus membros a se tatuarem com o número do seu Exército e batalhão. Ou seja, essa pessoa pertencia a outra instituição, ou ser, no caso o Exército. Esse é o mesmo motivo das tatuagens nas tropas da SS na Alemanha nazista e dos judeus nos campos de concentração, mostrar que a vida daquela pessoa não pertence a ela e sim a outro. É a pela mesma razão que se marca o gado, para mostrar quem é o seu dono.
Obviamente, além disso existe uma parte considerada mística nas tatuagens, onde o indivíduo se consagra a um ser ou ente espiritual, ficando na sua posse. Essa prática é usada nos meios criminais com vistas a "fechar o Corpo" e se proteger dos perigos das práticas criminais, dando-lhe uma sobrevida.
É comum que as tatuagens criminais tenham siginificados próprios em todo o páis, mas, também acontece de determinadas tatuagens serem usadas somente em uma região, estado ou cidade, o que dificulta a sua interpretação.
Infográfico de tipo penais tatuados na pele por criminoso.
As tatuagens de presídio tem sempre um tom esverdeado:
Geralmente, na subcultura criminal, as tatuagens demonstram um pacto, onde a vida do marginal é consagrada ao demônio e a sua obra, tendo em troca, uma proteção especial espiritual.
As tatuagens de presídio são esverdeadas, pois por serem feitas nas penitenciárias, se utilizam daquilo que se tem a mão, de maneira precária. Por isso, as tatuagens são feitas cortando a pele com um estilete, na forma das palavras ou de um desenho, e depois se mistura com tinta de caneta, geralmente bic, que reage com o sangue e marca a derme de maneira permanente.
As tatuagens tem também uma função de mostrar o crime que o indivíduo cometeu, pois assim como na polícia e nos meios militares se valoriza os conhecimentos ou as ações meritórias, e esses conhecimentos e ações são colocados na farda em forma de brevês e medalhas, os marginais se marcam para mostrar força e poder entre os seus pares.
Tatuagem de Carpa (peixe japonês), membro do PCC. |
Contudo, no meio criminal, se valoriza mais quanto maior e mais grave for o crime.
Existem também as tatuagens que mostram que o indivíduo pertence a uma gangue ou quadrilha. Nesse caso temos a tatuagem do PCC, uma carpa e das gangues de assaltantes que é o palhaço diabólico.
O local da tatuagem também diz algo a respeito do crime em que o indivíduo se especializou ou a gangue a qual ele pertence. Aqui em Brasília a tatuagem do palhaço é feita, geralmente, na canela esquerda para o lado de fora.
Tipos de tatuagem e os tipos penais:
Dificuldades atuais.
Uma das dificuldades atuais é proliferação de tatuagens sendo feitas por pessoas não vinculadas ao crime, onde os símbolos próprios da marginalidade são difundidos em grande escala, dificultando a sua identificação precisa.
Em alguns casos a tatuagem pode complicar a vida de uma pessoa de bem, simplesmente por ter sido feita em um lugar visível e com um significado perigoso, por exemplo a tatuagem de carpa.
Tatuagem de marginal preso por homicídio: Ódio a PM. |
Em outros casos o intenção é clara de ofender e ameaçar os profissionais da lei, principalmente os da Polícia Militar, os quais os marginais tem um ódio profundo, devido ao rigor que os PM's os caçam.
Gestos: Os marginais também usam gestos para mostrar os seus gostos ou as suas especialidades. Um deles é para mostrar o uso de maconha e o outro para mostrar que cometem assaltos e crimes a mão armada.
É muito fácil identificar os usuários de maconha e de assaltantes nas redes sociais devido aos gestos em que aparecem nas sua fotos, especialmente as de perfil.
Outro aspecto importante, e que vem aumentando em número e gravidade, é a participação de meninas e mulheres dentro na vida criminal. Elas, em um primeiro momento, se envolvem para chamar a atenção das mães ou por que já são filhas de mulheres sem moral, criadas sem a presença dos pais, com vários parceiros sexuais e sem a mínima noção de valores como o bem, o certo e a verdade, além de usuárias de drogas. Em um segundo momento se envolvem em relacionamentos emocionais e sexuais com membros de gangues e criminosos, sendo que quanto mais perigoso for o indivíduo maior o número de parceiras (mulheres ou meninas) que giram em sua órbita. Por razões óbvias, já que o criminoso é sempre um egocêntrico e imoral, eles usam e descartam essa mulheres como meros objetos e, quando se sentem traídos ou enganados, costumam agir com extrema violência contra essas mesmas mulheres, que na visão deles, são "descartáveis".
Meninas envolvidas no crime. Situação comum.
Sinais coletivos
Os sinais coletivos são onde os jovens criminosos, em um primeiro momento, vão buscar as suas inspirações e revalidar os seus contravalores como membros de um etos coletivo e ser aceito em grupo.
Um dos primeiros sinais coletivos para os criminosos, ainda na fase adolescente ou infantil, é a maconha e a sua subcultura.
Uso de maconha: Morte e sofrimento para o usuário e para a sua família.
Não vou entrar em pormenores dos terríveis danos causados para os usuários dessa droga e dos seus danos mais terríveis na sociedade devido ao tráfico, pois esse artigo ficaria demasiadamente longo, mas esses fatores são importantes também e devem ser levados em conta.
Hoje existem milhares de páginas de internet, Facebook e demais redes sociais exaltando a maconha e o seus efeitos, inclusive espirituais.
Além de bandas de música (Planet Hemp, Skank), existem estilos de música (regaee), músicos (Marcelo D2, Bob Marley) dedicados a causa, roupas e até mesmo um deus da maconha: Jah.
Além de uma campanha maciça de marketing em todas as formas de mídia, a cultura da maconha tem os seus adereços, penteados e jeitos próprios, que são facilmente identificáveis aos demais usuários e traficantes.
Essa é a porta de entrada para o mundo e a vida criminal, é o elo que une os jovens de todas as classes, meninos e meninas, aos traficantes, membros de organizações criminosas e assassinos. Pois é no momento de comprar a droga que se tem contato real com os traficantes e membros do crime organizado, iniciando uma relação de consumo em um primeiro momento e de amizade e companheirismo em um segundo.
Em todos os jovens pesquisados, mais de 300 por este Oficial nas redes sociais, a grande maioria adolescentes de Brasília, foram encontrados os mesmos sinais e símbolos e a mesma sequência de fatos narrados acima.
Conclusão
O tema desse estudo, no caso, cultura criminal, cobriria, facilmente, um livro extenso, sendo por isso, mostrado aqui apenas uma pequena parte da forte cultura criminal que está corrompendo os jovens da sociedade do nosso país e do mundo.
Essa cultura sempre existiu e vai existir sempre, o que deve ser combatido é a sua propagação indiscriminada na população em geral e de maneira mais intensa e dolorosa na juventude, que por não estar madura o suficiente, não consegue discernir os riscos mortais de algumas condutas, músicas, gestos e roupas, que levam, indubitavelmente ao caminho da morte e destruição.
Os operadores de segurança pública tem por missão manter a ordem e a paz na sociedade o máximo possível, sendo por isso a sua ação no meio cultural fundamental, que é, muitas vezes, a causa desses males, alertando a população para os perigos e as origens dessas mentiras que destoem as vidas e famílias de milhares de pessoas, principalmente de jovens, todos os anos no Brasil.
CULTURA CRIMINAL DOMINA CADA VEZ MAIS A SOCIEDADE. INFELIZMENTE!
Reviewed by Erivan Justino
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terça-feira, janeiro 21, 2014
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