GARIBALDI DEFENDE CANDIDATURA DO PMDB E LANÇA GERALDO MELO E FERNANDO BEZERRA
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), disse
hoje que o PMDB não abrirá mão de ter candidatura própria a governador
do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro de 2014. Em entrevista ao
“Jornal da Cidade” (94 FM), ele se colocou como opção da legenda para
disputar o governo novamente.
Garibaldi afirmou que foi feito um acordo em que ele e outras
lideranças do PMDB, inclusive o presidente de honra da sigla, ex-senador
e ex-governador Geraldo Melo, e o empresário Fernando Bezerra (PMDB),
se postam como pré-candidatos do partido, ao lado do líder do PMDB na
Assembleia Legislativa, deputado Walter Alves (PMDB), e o presidente da
Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo (PMDB).
Além desses, há possibilidade de o PMDB receber até setembro a
filiação de alguém que possa se candidatar pelo partido. Neste caso, os
nomes em vista seriam os empresários Flavio Rocha, da Riachuelo, e
Marcelo Alecrim, da Ale. Ambos foram convidados por Henrique para se
filiar ao PMDB e se candidatar a governador. O prazo para filiação com
vistas à disputa eleitoral do ano que vem vai até o final de setembro.
COGITADOS
Garibaldi disse que, a partir de um acordo feito na reunião da
executiva do PMDB, na última sexta-feira, todos esses nomes – o dele, de
Walter, de Henrique, de Fernando e de Geraldo – passam a ser
efetivamente cogitados. “Ninguém preliminarmente pode dizer não. Nem eu
que estava dizendo não à vontade”, disse.
Sobre os candidatos serem preferencialmente ele, Henrique ou Walter,
respondeu: “Eu não sou hipócrita e ninguém deve ser hipócrita de dizer
que a liderança do partido é exercida por nomes da família, mas nós não
podemos fechar a cogitação, a porta, para a cogitação de nomes como
Fernando Bezerra, que hoje está nos quadros do PMDB, o próprio Geraldo
Melo, que hoje está nos quadros do PMDB, e outros nomes que possam até
querer vir, porque a porta ainda está aberta até o final de setembro”,
afirmou o ministro. “Vamos tratar de exaurir isso também”.
PLANEJAMENTO
Garibaldi confirmou que o PMDB constituiu um grupo de trabalho para
pensar o Rio Grande do Norte, tendo em vista à constatação de que a
maior queixa da população é quanto à falta de planejamento em relação ao
Estado. O grupo será coordenador por Geraldo Melo, e por Jaime Mariz,
ex-secretário de Planejamento do Estado e atual secretário-executivo do
Ministério da Previdência.
“Nós já estamos, por indicação do deputado Henrique, constituindo um
grupo de pessoas estudiosas. Estavam presentes nessa reunião dois
membros da executiva – se Geraldo Melo me permite – um de uma geração
mais velha e outro de uma geração mais nova, Geraldo e Jaime Mariz, que
vão, à frente o próprio Geraldo Melo, que é mais experiente, constituir
esse grupo para oferecer as ideias”, informou o ministro.
Segundo ele, “o que se diz e é verdade é que no governo da
governadora Rosalba não se tem nenhum planejamento adequado”. Aliás,
segundo ele, “o grande problema do Brasil todo é falta de planejamento,
as coisas são muito feitas ao sabor da improvisação. Então, o que é que
nós vamos querer? É exaurir essas possibilidades. Nós temos aí um leque
de nomes, nós temos que pegar uma pesquisa qualitativa, porque todo
partido faz”, observou.
“Só serei candidato a governador em último caso”
Ainda em sua entrevista ao Jornal da Cidade, o ministro Garibaldi
Filho disse que só será o candidato do PMDB a governador “em último
caso”, porque prefere que seja outro o escolhido. “Estou posto, porque
foi feito um acordo e eu não posso fugir desse acordo. Agora, eu não
desejo. Eu vou em busca de outros nomes que possam se constituir em uma
opção, e não eu. O meu desejo é de não ser, eu só iria em um último
caso, se dissessem ‘não temos um outro nome’”, pontuou.
Segundo analisou, a última vez que foi considerado governador de
férias ele foi derrotado. “E nessa história de que não temos outro nome
foi que eu caí muitas vezes, porque diziam ‘só tem o seu nome’ e essa
história de governador de férias foi que uma vez me trouxe uma derrota, a
única derrota”.
Entretanto, Garibaldi disse não poder deixar de honrar compromisso
assumido de colocar o nome à disposição. “Não posso deixar de honrar
aquele compromisso que foi assumido e dizer como eu estava dizendo. Eu
estou com o pé mais fora do que dentro. Vá lá que vão dizer que eu sou o
tipo de político manhoso, eu não gosto dessa expressão; a pessoa pensa
que está me agradando, mas não está. Cada pessoa merece ser
compreendida”, afirmou.
E insistiu: “Me entendam: eu não pude dizer ‘tô fora’, porque aí
seria uma falta de colaboração absoluta, porque, qual foi a decisão lá? O
partido vai romper, mas não vai abrir mão de ter uma candidatura
própria, porque, se o partido rompe, e diz que não tem candidato, o
partido está rompendo e vai ser cobrado, não vai ter alternativa?”.
“Fui deixado de fora do jantar, não fui nem mesmo convidado”
O ex-governador Garibaldi Filho queixou-se de não ter sido convidado
para participar de um jantar na residência do presidente do PPS no Rio
Grande do Norte, ex-deputado Wober Júnior, na última sexta, em homenagem
ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo (PMDB), com lideranças da
oposição. Segundo o ministro, tratou-se de uma espécie de “jantar de
trabalho político”, que reuniu, além de Henrique, o prefeito Carlos
Eduardo (PDT), o vice-governador Robinson Faria (PSD) e a vice-prefeita
Wilma de Faria (PSB), além do empresário Fernando Bezerra (PMDB).
Na oportunidade, discutiu-se quem poderia ser candidato a governador,
com cada um dos presentes indicando três candidatos. Os votos foram
para Robinson, Henrique, Wilma, Carlos Eduardo e Fernando Bezerra.
Ninguém citou Garibaldi. Apenas Fernando Bezerra lembrou Walter Alves,
líder do PMDB na Assembleia Legislativa. Em sua entrevista ao “Jornal da
Cidade”, hoje, o ministro, maior liderança eleitoral do Estado,
manifestou sua insatisfação de não ter participado do encontro social.
“Fui deixado de fora, não fui nem mesmo convidado. Então, quem quer o
nosso apoio, pelo menos o meu, devia no mínimo ter me convidado, porque
era uma festa…”, disse. “Parece que era uma festa chamada
festa-trabalho política. Passaram a noite toda, cada convidado tinha a
oportunidade de dizer quais eram seus três candidatos, a pessoa não se
incluía. Não se incluía por um certo constrangimento, mas no fundo
deviam ter perguntado, porque tinha muita gente ali que queria dizer
‘olhe, eu não estou fora não, eu sou’. Mas sobre isso aí eu estou apenas
fazendo um comentário”, declarou.
DEM
Ao falar sobre aliança futura com o DEM, presidido no Estado pelo
senador José Agripino, Garibaldi não descartou, mas lembrou que cogitar
dessa aliança hoje seria considerar o rompimento do PMDB com o governo
Rosalba em vão. “Quem leu uma entrevista do senador Agripino viu que ele
disse: Governo é com Rosalba e o partido é comigo. Então vamos aguardar
os acontecimentos. Claro, como é que se vai? É se dar ao trabalho de
cogitar uma aliança com o partido apoiando o governo, aí a nossa
atitude, por exemplo, teria sido em vão. Eu não estou pregando o
rompimento de Zé Agripino com Rosalba não, porque quem sabe é Zé
Agripino e Rosalba”, disse o ministro.
Exaurindo candidatura própria, PMDB irá atrás de outros partidos
Ao justificar por que o PMDB deverá ter candidato a governador, o
ministro Garibaldi ressaltou que qualquer pesquisa, hoje, mostra que o
PMDB é “muito lembrado pela população”. “O PMDB tem 54 prefeitos, tem
vice-prefeitos, tem vereadores, tem uma representação política
expressiva”. Entretanto, para ele, exaurida a possibilidade de
candidatura própria, não havendo candidato, o PMDB irá buscar candidato
fora da legenda.
“Só se forem exauridas essas possibilidades, se elas forem exauridas,
o partido terá que ir ao encontro daqueles que, hoje estão na oposição
ao governo. Porque nós entramos assim, estamos debutando na oposição.
Claro que nós não vamos fazer uma oposição radical”. Garibaldi afirmou
que o PMDB não irá fazer oposição radical. Ele ressaltou, porém, o
compromisso de se aliar àqueles que fazem oposição ao governo estadual.
Garibaldi lembra que o PMDB deixou o governo para se aliar à
oposição. “Nós temos que ter em vista que nós deixamos, como o deputado
Henrique disse muito bem, de nos inserirmos naquele projeto político da
governadora e dos partidos que ainda estão com a governadora e passamos a
ter um compromisso de nos aliarmos àqueles que têm um projeto de
oposição a isso que aí está, que não deu certo, que não está dando
certo”, contou.
VIABILIDADE
Para o ministro, entretanto, na busca por candidato, não se deve
esquecer a viabilidade eleitoral do pretendente. “Claro, essa história
de candidato próprio sem viabilidade também não dá, porque você quer
ganhar a eleição e você pensar que vai poder”, disse, destacando que o
nome não pode ser de todo desconhecido, e que é preciso tomar cuidado
com os chamados “salvadores da pátria”, que vez ou outra aparecem nas
eleições.
“O nome precisa ser conhecido e a população precisa amadurecer ele. E
há também uma coisa que você precisa ter cuidado: é com os chamados
salvadores da pátria. Os nomes que não têm experiência nenhuma, nunca
passaram por nenhum teste, de repente diz que vai resolver os problemas,
apresenta um plano que não é exatamente o planejamento. O que nós
precisamos é de resolver os problemas do Rio grande do Norte”,
ressaltou.
GARIBALDI DEFENDE CANDIDATURA DO PMDB E LANÇA GERALDO MELO E FERNANDO BEZERRA
Reviewed by Erivan Justino
on
segunda-feira, setembro 02, 2013
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