DEBATE PROPÕE QUE GESTORES ATUALIZEM PROFISSIONAIS SOBRE COMBATE AO AEDES AEGYPT
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As
dificuldades de reação do poder público ao avanço das viroses
transmitidas pelo mosquito aedes aegypt foram discutidas em audiência
pública na Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (7). Por
proposição da deputada Márcia Maia, um dos consensos foi o
encaminhamento para que autoridades de saúde pública orientem os
profissionais de saúde sobre as novas recomendações da Organização
Mundial de Saúde a respeito da matéria.
“Ao
todo, temos cerca de 1,2 mil profissionais entre agentes de Endemias e
Comunitários, mas ainda com um déficit de aproximadamente 550
profissionais nessas duas áreas. Além disso, faltam ainda condições
básicas de trabalho, como fardamento, material de higiene, copos e até
mesmo água. Diante dessas dificuldades e da mudança do modelo de
periodicidade das visitações, antes um imóvel que era visitado em Natal
de dois em dois meses, leva até um ano para ser visitado novamente”,
sublinhou Márcia Maia, que ainda pontuou as dificuldades enfrentadas
pela capital e pelo Governo do Estado.
Uma
das saídas apontadas pelo médico infectologista Luiz Alberto Mariz é,
não podendo haver controle sobre proliferação, que se aja na rede de
saúde para minimizar a mortalidade causada pela dengue, chikungunya e
zika vírus.
“A
Organização Mundial de Saúde recomenda tratar, na triagem, todos os
casos como dengue, até a confirmação do diagnóstico. As três doenças
têm a mesma epidemiologia. Sugerimos a nossos gestores que comecem a
planejar atualização dos médicos da ponta para que seja adotado o que
defende a OMS. Se não temos condições de controlar os surtos, que
tenhamos condições de receber os pacientes para minimizar a letalidade
dessas doenças”, destacou o especialista.
Representante
da Secretaria Estadual de Saúde, Maria Dima Alves reconheceu as
dificuldades, agravadas no interior. “Estamos sem recursos humanos.
Antes, tínhamos apenas dengue, agora e é chikungunya, zika, com
desdobramento na microcefalia. Temos que qualificar esses agentes. Temos
problemas a nível das gestões municipais, essa qualidade dos trabalhos,
mesmo sendo um numero de agentes considerado ideal para aqueles
municípios, temos dificuldades operacionais”, revelou.
Para
Fernando Amaral, da seccional do Ministério da Saúde no Rio Grande do
Norte, os esforços devem ser conjuntos. “Não é hora para jogar culpa.
Deve haver esforço do governo, dos agentes e da população, que deve
fazer sua parte. Campanhas que engajem a sociedade são urgentes”,
enfatizou.
DEBATE PROPÕE QUE GESTORES ATUALIZEM PROFISSIONAIS SOBRE COMBATE AO AEDES AEGYPT
Reviewed by Erivan Justino
on
quinta-feira, dezembro 08, 2016
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