REVISTA PLAYBOY DÁ DESTAQUE À CAPITAL POTIGUAR
Feliz é Natal
A capital potiguar é um harém ensolarado com vista para o mar Natal é mundialmente famosa por suas
belezas naturais: as dunas, as praias, os coqueiros, a brisa, o sol e,
acima de tudo, as mulheres. Num lugar em que as estações do ano são
muito bem definidas (o verão, por exemplo, dura 12 meses), shortinhos,
topzinhos e biquininhos são onipresentes.
E o que as natalenses têm? Tempero,
amigo. Sempre de bem com a vida e o próprio corpo, (quase) todo dia elas
se refestelam na areia, fritam sob o astro-rei, banham-se nas águas
salgadas, secam-se no calor e no vento e nos matam do coração. O curioso
é que as moças que vêm de fora – desde a baiana até a gaúcha, da
paulista à sueca – acabam incorporando o jeito daquelas que nasceram na
cidade. Um jeito leve de ser e gostoso de ver. Já ouviu falar em
mimetismo, fenômeno pelo qual certos animais, a fim de escapar dos
predadores assumem características de objetos e de seres do meio em que
vivem? Então, em Natal esse fenômeno tem uma peculiaridade: as
forasteiras imitam as nativas para, em vez de escapar, cair nas garras
dos predadores. mundo animal.
Outro dia, no buraco da Catita, chorinho de publicitárias, jornalistas e fãs de Cartola, uma amiga de São Paulo desabafava: - Mulher em Natal é mais sem-vergonha que homem!
Assenti com a cabeça, óbvio, porque
dama que sofre de chifre não pode ser contrariada. Agora, já a uma
distância segura, posso garantir que a natalense é uma santa. Dela somos
devotos e nela depositamos não somente nossa fé, mas também nossos
pecados. E não somente nossa fé e nossos pecados, mas também… Deixa pra
lá.
Oremos, pois: ave, maria, ave,
bianca, ave, Joana, ave, Paulinha, ave, Sandrinha… Todas elas são cheias
de graça! ainda mais quando dançam descontroladas no Whiskritório,
aquele reduto de universitárias delicinhas.
Brincadeiras à parte, o fato é que a
natalense sabe o que quer. E ela quer a mesma coisa que a gente. É
atirada, direta, aborda sem deixar espaço para mal-entendido. Questão de
sobrevivência. Na capital do Rio Grande do Norte, tem muita fêmea para
pouco macho. Dizem as boas línguas que a média é de seis delas para cada
um dos nossos (se você terminar a noite sem ninguém, melhor sentar na
margem do rio e chorar porque alguém ficou com 12). Acredite: mulher
aqui trata homem como produto em liquidação. Ela se aproxima, olha a em
balagem e, mesmo sem gostar muito, diz a si mesma: “Vou levar. Vai que
acaba…”
Você quer entender direito essa
história? Vá até o Seis em Ponto, na hora da missa, tardezinha de
domingo. Como em um milagre, você vai se converter ao samba e, se Deus
quiser, cair nas graças de pérolas com cabelos perfumados, pernas
torneadas e quadris malemolentes.
Os barzinhos e as baladas de Ponta
Negra também valem a sua visita. O Decky recebe muitas tigresas –
senhoras experientes, não raro separadas, sem nenhum tempo a perder. O
Vyola, como todo bar sertanejo que se preze, concentra potrancas
siliconadas e acessíveis o bastante para compensar a música de qualidade
duvidosa. Já o Taverna é um lugarzinho mais “civilizado”, com flores de
todo tipo.
Para os homens mais focados: as
patricinhas no estilo Paris Hilton vão ao Peppers Hall e ao Praia
Devassa. Por lá, os narizes estão sempre empinados, mas os seios e as
bundinhas também. Para aqueles mais loucos: as roqueirinhas tatuadas se
aglomeram no fim de noite do Gringos.
Enfim, se ainda assim Natal não
conquistou você, eu só posso crer que você comprou a revista errada… ah,
vou ali para beber uma água de coco, que só de escrever esta crônica eu
já fiquei com uma tremenda ressaca.
REVISTA PLAYBOY DÁ DESTAQUE À CAPITAL POTIGUAR
Reviewed by Erivan Justino
on
sexta-feira, abril 12, 2013
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