mostra_quadrilhas_arteviva2012

 
23 Anos de Conquistas Culturais...
Falar do Arte Viva é falar de luta, superação e conquistas. Compreendendo que os atores e atrizes ao longo desses 23 anos, fazem muito mais do que pintar o rosto e desenvolver uma atividade artística, estudando a qualificação profissional que qualquer atividade exige, uniram arte a luta social, entendendo que nossa razão social deve servir também para lutar por dias melhores para a comunidade. Não poderíamos jamais fechar os olhos para as mazelas existentes, sempre entendemos que essa opção traria ônus e bônus e assim tem sido. Se fizermos uma breve observação nos projetos desenvolvidos pelo grupo veremos que o fazer artístico está intimamente contribuindo na transformação do espaço em que vivemos.
 
Foi assim em campanhas sobre Cólera, Vacinação, Tabagismo, Lixo, Dengue, Chamada Escolar... Participação em Congressos, Seminários, além dos projetos: A Margem do Rio (1989 a 1999), Folcólera (1992 a1995), Brasil Criança Cidadã (1996/1997), Escambo Educação (1995), é assim com as VIII Mostras de Quadrilha Junina... Ponto de Cultura (2005 a 2010) Inclusive este projeto já houve a prestação de contas do Arte Viva pro MinC.... Também compõe o currículo do grupo a realização do seminário “UM PONTO DE CULTURA NA EDUCAÇÃO” que durante uma semana procedeu a vários debates sobre cultura e educação com professores da rede pública de ensino, além de diversas oficinas, vivências e apresentações artísticas. Na oportunidade esteve pela primeira vez no nosso município um representante do Ministério da Cultura, que veio exclusivamente participar do seminário “Um Ponto de Cultura na Educação”. O Arte Viva desempenhou participação fundamental no processo de criação da lei 286/94, que Institui o Sistema Municipal de Financiamento a Cultura, lei essa, de suma importância para legitimar políticas públicas para a cultura no nosso município, a partir dela virá os avanços tão necessários para o desenvolvimento cultural no município, haja vista, o funcionamento do Conselho Municipal de Cultura, no qual temos um representante que ocupa o cargo de Secretário do Conselho e vem sendo decisivo no andamento dos trabalhos. Vale ressaltar aqui o avanço do conselho, que em apenas 06 meses de existência, elaborou, discutiu e encaminhou ao poder executivo a minuta para criação do Fundo Municipal de Cultura que assim como a lei 286/94, será um marco na política cultural em Santa Cruz. Fomos decisivos também na consolidação para a ADESÃO DO MUNICÍPIO AO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA criando assim uma relação ente-federativo para que no futuro próximo o município possa receber recursos da união e aplicar no seu desenvolvimento cultural. Vale salientar também que nosso representante no conselho teve participação importantíssima na articulação para que tivéssemos no processo de discussão da minuta um representante do Ministério da Cultura. Além do empenho do grupo Arte Viva para que o Mestre Antonio da Ladeira fosse reconhecido como PATRIMÔNIO VIVO DO RN. Desde o ano 2002 temos nacionalmente um novo olhar para a cultura com a implementação do PLANO E DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA, precisamos estar atentos a esse novo processo e avanços que se desenha para a cultura no Brasil. Portanto com 23 anos de história a COMPANHIA TEATRAL ARTE VIVA mantém seu propósito de continuar desenvolvendo estudos sobre as matérias referentes ao teatro, participando de Festivais Nacionais de Teatro de Rua, sendo recentemente premiado no Festival do Cabo de Santo Agostinho/ PE como melhor ator (Fábio de Souza), 2º melhor espetáculo no júri popular e melhor dramaturgia com o texto “A TRAMA DO ASSUSTADO” do autor potiguar Hélio Lima. Toda essa atuação artística sem deixar de lado suas preocupações sociais, inclusive, participando sem medir esforços de todas as discussões de implantação de políticas públicas, sempre entendo que a cultura deve ser discutida como um todo e não como partes. Não podemos retroceder e individualizar, particularizar, a discussão cultural não tem pai nem mãe como alguns tentam passar, eu costumo dizer que a discussão é coletiva, não pode ter apropriação, e sempre que possível estarei batendo nessa tecla com muita ênfase.
 
A COLETIVIDADE CAUSA TRANSFORMAÇÃO, A INDIVIDUALIDADE DIVISÃO.

Marcos Antonio da Silva