PMDB NA BRIGA POR CINCO MINISTÉRIOS
Michel Temer reúne a bancada, que nomeia Henrique Eduardo Alves como interlocutor
“Não é que nós não consideremos a cota pessoal, mas não considero essa cota pessoal como sendo do PMDB”, afirmou Temer, futuro vice-presidente, ontem após uma conversa de cerca de uma hora com o presidente do Senado, José Sarney, e com o líder do PMDB na Casa, senador Renan Calheiros (AL).
Temer foi enfático ao defender o controle de cinco ministério para o PMDB, além da compensação pela perda do Ministério das Comunicações, que será comandado pelo petista Paulo Bernardo. “Não digo se abrimos ou não abrimos (mão do Ministério das Comunicações)”, afirmou. “Estamos conversando sobre essa composição. Tudo isso depende de como estará essa substituição das Comunicações por outro ministério”.
Em sintonia com Temer, a bancada do PMDB na Câmara decidiu ontem nomear formalmente o líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN), como o único interlocutor junto ao vice-presidente eleito para negociar cargos. A deliberação do partido foi uma resposta ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que à revelia do PMDB tentou emplacar a nomeação de Côrtes.
“Os espaços do PMDB serão determinados pela presidente Dilma”, resumiu Henrique Alves, ao fim da reunião da bancada da Câmara. Ao fortalecer o papel de Temer nas negociações, a bancada desautorizou Cabral. Os peemedebistas ficaram insatisfeitos com o anúncio do secretário de Cabral para a pasta da Saúde, sem o aval do partido. “Há uma manifestação da bancada quanto à forma de indicação e não propriamente quanto ao nome do indicado”, observou o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS).
Os peemedebistas afirmaram que, até agora, Dilma Rousseff definiu dois ministérios que vão para o partido: Agricultura e Minas e Energia. Para o Ministério da Agricultura, o PMDB pretende manter Wagner Rossi no cargo. Rossi não tem mandato. O senador Edison Lobão ficará com as Minas e Energia.

Nenhum comentário:
Seu comentário passará por uma avaliação...