EDITORIAL: O DEDO DE MORAES PARA A POPULAÇÃO E A CONSTITUIÇÃO


Vaiado pela torcida no clássico Corinthians x Palmeiras, o ministro Alexandre de Moraes não perdeu a compostura. Ele humilhou a compostura. Em vez de se retirar discretamente ou, no mínimo, ignorar as críticas, partiu para o gesto obsceno. Levantou o dedo do meio para a arquibancada como se estivesse acima do bem, do mal e da Constituição.

É esse o exemplo da nossa Suprema Corte. Um ministro que, ao ser confrontado por cidadãos comuns, reage como um adolescente birrento. A mesma mão que assina censuras e calabouços digitais agora serve para ofender o povo brasileiro em público, num estádio lotado, em rede nacional. É a face nua da arrogância togada, da censura, do poder além dos limites estabelecidos pela constituição.

Não foi só um gesto. Foi um recado. Alexandre de Moraes mostrou que não aceita crítica, não tolera vaia, não respeita o contraditório. Para ele, o cidadão é súdito. E o ministro, uma entidade inquestionável. Que o Brasil tenha assistido calado a esse espetáculo de prepotência diz muito do ponto a que chegamos. Não por acaso o mundo tem olhado assustado para as atitudes de Moraes. Esse dedo foi para todos nós, para as contestações, para o Trump, para os EUA, Bolsonaro e, principalmente, para a constituição.


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EDITORIAL: O DEDO DE MORAES PARA A POPULAÇÃO E A CONSTITUIÇÃO EDITORIAL: O DEDO DE MORAES PARA A POPULAÇÃO E A CONSTITUIÇÃO Reviewed by Erivan Justino on quinta-feira, julho 31, 2025 Rating: 5

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