TARIFAS DOS EUA AFETAM SHEIN E TEMU; RETALIAÇÃO CHINESA MIRA GOOGLE
Os primeiros desdobramentos da escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China já começam a aparecer, com impactos das medidas em mercados da moda e de tecnologia. De um lado, a Shein e Temu, varejistas chinesas, entram no guarda-chuva das tarifas dos EUA. No Ocidente, a proprietária das marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger, a PVH Corp, foi colocada na lista da China de “entidades não confiáveis”.
O conflito comercial é resultado de medidas adotadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que implementou tarifas sobre a China. Em retaliação, Pequim também anunciou uma série de barreiras aos produtos norte-americanos.
Tarifas de Donald Trump
O decreto assinado por Trump no último sábado prevê uma tarifa de 10% sobre todos os produtos importados da China. No entanto, além disso, uma das disposições da ordem executiva aumentará custos para mais de 80% das importações das compras onlines dos EUA. A ordem do presidente eliminou uma brecha da qual muitas empresas se beneficiaram nos últimos anos, desde primeiro mandato Trump.
As chamadas “minimis” nos EUA importam com baixo custo de outros países sem pagar tarifas, desde que os envios não excedam US$ 800 por destinatário/dia. Com isso, a Shein e Temu se utilizaram dessa brecha para expandir os negócios nos EUA e rivalizar com a Amazon, principal marketplace do país. De acordo com Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA (CRS), as exportações chinesas do tipo dispararam de US$ 5,3 bilhões em 2018 para US$ 66 bilhões em 2023. Atualmente, a Temu e Shein correspondem a 17% do mercado de envios americano.
A Shein não tem operações comerciais na China. A empresa contrata fábricas chinesas para produzir e enviar roupas diretamente aos consumidores globais. A controladora da companhia está baseada em Singapura.
Lista de excluídos da China
No lado chines, as medidas de retaliação podem afetar a PVH Corp, a holding de marcas como Calvin Klein e Tommy Hilfiger. O Ministério do Comércio da China afirmou que colocou a empresa na lista de “entidades não confiáveis”.
Google também é alvo
A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China disse que a Alphabet, dona do Google, é suspeito de violar a lei antimonopólio do país, e que uma investigação foi iniciada.
TARIFAS DOS EUA AFETAM SHEIN E TEMU; RETALIAÇÃO CHINESA MIRA GOOGLE
Reviewed by Erivan Justino
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terça-feira, fevereiro 04, 2025
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