PROJETO PARA INCLUSÃO DE TRAVESTIS E TRANS PASSA NA COMISSÃO DE JUSTIÇA


Em reunião na manhã desta segunda-feira, 12, a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final aprovou o projeto “Transcidadania”, que visa fortalecer as atividades de colocação profissional, reintegração social e resgate da cidadania para a população LGBTT em situação de vulnerabilidade, atendidas pela Coordenadoria da Diversidade Sexual (CADS). Na ocasião, também foram aprovados outros projetos e rejeitados aqueles que os vereadores julgaram ultrapassar as prerrogativas do Poder Legislativo.
Presidida pelo vereador Felipe Alves (MDB), a reunião contou ainda com a presença dos vereadores Kleber Fernandes (PDT), Nina Souza (PEN), Cícero Martins (PTB), Sueldo Medeiros (PHS) e Preto Aquino (PEN), além da vereadora Natália Bonavides (PT), que foi defender seu projeto, apoiada por membros de entidades e militantes da causa LGBTT. O projeto em questão é inspirado em outras cidades, como São Paulo e João Pessoa, para oferecer formação, educação e incentivo ao mercado de trabalho para travestis e transexuais.
Os vereadores da comissão consideraram não haver vícios de ilegalidade na proposta. Apenas o vereador Cícero Martins, que havia pedido vistas da matéria, considerou haver confusão no texto entendendo que afronta o artigo 5 da Constituição Federal no que se refere à igualdade de todos os cidadão perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Contudo, os demais parlamentares, como Kleber Fernandes relembraram que o mesmo princípio da isonomia prevê que “deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades”. O projeto previa que o Município deveria conceder auxilio financeiro aos cidadãos atendidos pelo programa, mas a vereadora Nina Souza acrescentou emenda garantindo a possibilidade da oferta de bolsa-auxílio e não a obrigatoriedade, para que não corresse o risco do município alegar razão para veto por inconstitucionalidade.
A Comissão aprovou entre outros, projeto do vereador Sueldo Medeiros, que inclui o evento Campus Party no calendário de eventos de Natal; a proibição de conteúdo impróprio para menores em apresentações artístico-culturais que tenham incentivos públicos pela lei Djalma Maranhão, de autoria da vereadora Carla Dickson (PROS); e a adoção do hino da cidade do Natal como toque na entrada e/ou saída das aulas nas escolas, de autoria da vereadora Ana Paula (PSDC).
Também foi aprovado projeto do vereador Aroldo Alves (PSDB), que institui o dia 15 de maio como Dia Municipal de Combate ao Assédio Sexual, mas rejeitada a proposta do mesmo vereador que obrigava o município a implantar procedimentos contra o assédio sexual nas repartições públicas, já que a prerrogativa para este tipo de iniciativa é do Poder Executivo. Outro rejeitado pela mesma razão é da vereadora Eudiane Macedo (SD) que institui programa de inclusão infantil no transporte coletivo da capital. Neste caso, um projeto semelhante já havia sido reprovado pela Casa.
PROJETO PARA INCLUSÃO DE TRAVESTIS E TRANS PASSA NA COMISSÃO DE JUSTIÇA PROJETO PARA INCLUSÃO DE TRAVESTIS E TRANS PASSA NA COMISSÃO DE JUSTIÇA Reviewed by Erivan Justino on terça-feira, março 13, 2018 Rating: 5

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