SITES MALICIOSOS: COMO NÃO CAIR NAS ARMADILHAS DA INTERNET

Com a proximidade do Dia das Mães, o e-commerce se prepara para fazer ofertas e promoções, na tentativa de atrair o consumidor. No entanto, a busca por preços baixos pode representar prejuízo. Segundo pesquisa da Serasa Experian, quase 40% dos brasileiros já foram vítimas de golpes financeiros e 56% temem cair em alguma fraude. Golpes dos mais variados tipos e que se renovam todos os dias para alcançar novas vítimas em diferentes plataformas, seja durante uma compra on-line, durante o pagamento em uma máquina de cartão, um Pix para um desconhecido, uma compra de carro em um site falso de leilão ou até um link divulgado por influenciadores.  

A vítima geralmente é impactada por algo que faz ela acreditar e confiar, seja a fonte da informação, o ambiente ou até mesmo o hábito. Como por exemplo:

- Um anúncio de publicidade em uma rede social famosa ou buscador. Há uma grande quantidade de golpes que passam pelos filtros das plataformas e fazem milhares de vítimas, através de anúncios de produtos com preços bem abaixo do praticado;  

- Algo que é divulgado em uma rede social ou WhatsApp de amigo ou conhecido, mas que foi hackeado, e confiando que seria a própria pessoa, o usuário acaba acreditando e enviando dinheiro ou comprando algo muito barato, mas que nunca será entregue;  

- Um tipo de golpe que já circula há bastante tempo, mas sempre com um tema diferente, são as plataformas que prometem "renda fácil", seja assistindo vídeos, ouvindo músicas, fazendo avaliações para lojas famosas e até jogos de azar. Recentemente essa prática ganhou destaque, depois de denúncias de que influenciadores estariam divulgando possíveis golpes em suas redes sociais;  

- Habituados ao dia-a-dia, muitos usuários descuidam da segurança dos seus dispositivos, e-mails e redes sociais e acabam sendo vítimas. Um bom antivírus e senhas fortes não são mais suficientes, é preciso de mais camadas de proteção, como a dupla autenticação.

Uma das formas de se prevenir é verificar se um site é confiável, acessando plataformas de segurança digital. O Site Confiável, por exemplo, verifica em tempo real URL's trazidas por consumidores, dando um diagnóstico sobre a página na internet. O consumidor pode identificar e diferenciar sites confiáveis daqueles que são suspeitos. Informações como tempo de existência, tipo de domínio, propriedade, popularidade nos buscadores, reputação e possíveis vulnerabilidades são apresentadas.

A maioria dos sites fraudulentos tem pouco tempo de vida e por isso não aparece nas páginas especializadas em reclamações, já que estes levam algum tempo até criarem um índice de avaliação. Alessandro Fontes, cofundador do Site Confiável, listou cinco dicas fundamentais para evitar golpes no ambiente digital. Elas dicas são simples, mas podem auxiliar o consumidor a navegar tranquilo pela internet.  

- HTTPS ou SSL não é garantia de segurança: muito se ensina sobre o selo de segurança "https", que serve para criptografar os dados do consumidor durante a transação, mas isso não é garantia de segurança. Hoje em dia os sites falsos ou lojas fraudulentas também possuem esses protocolos;  

-Jamais confiar em anúncios ou propagandas, mesmo que seja feita por um influenciador conhecido. Antes de acessar, se cadastrar ou comprar em um site, o consumidor deve pesquisar para ter certeza que não se trata de um golpe;  

- Desconfiar de links recebidos via WhatsApp, SMS ou e-mail com ofertas muito vantajosas, que despertem a curiosidade do internauta ou que despertem a sensação de urgência para efetuar a transação;  

- Consultar corretamente o CNPJ: assim como em uma rede social, qualquer pessoa pode fazer um site e inserir um número falso. ou de alguma empresa reconhecida no mercado . Apenas verificar se há o número do cadastro no rodapé da página não garante a segurança da transação. O aconselhável é buscar informações sobre a página em um serviço como o disponibilizado pelo Site Confiável;  

- Selos de segurança: muitas pessoas confiam em alguns sites por apresentarem no rodapé selos de segurança, mas que na verdade são apenas imagens. O site malicioso pode copiá-las e utilizá-las de forma indevida.

Fonte: Tribuna de Notícias