ESTUDO APONTA CRESCIMENTO DA ECONOMIA NO RIO GRANDE DO NORTE
Com um bom desempenho na agropecuária,
indústria e serviços, o Rio Grande do Norte tem perspectivas positivas
de alcançar o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) da região
Nordeste em 2017, ficando atrás apenas dos estados do Maranhão e do
Piauí. A projeção faz parte do estudo “Mapa da Recuperação Econômica”,
do banco Santander e divulgado pelo jornal “Valor Econômico”. Segundo
levantamento, o PIB do RN pode ficar em 0.5% este ano.
“A perspectiva desse estudo é um alento
diante da maior crise econômica que vivemos no Brasil e com reflexos
severos no RN. Os dados mostram que o estado começa a esboçar uma reação
de crescimento da atividade econômica mesmo com o cenário atual. Não
estagnamos e vamos seguir trabalhando para o crescimento de todas as
atividades dentro do Estado”, destacou o governador Robinson Faria.
Entre os setores que foram analisados na
pesquisa, a agropecuária puxou o crescimento com maior percentual dos
três itens analisados, apresentando 4.4%. Segundo o titular da
secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape),
Guilherme Saldanha, o governo tem apoiado o setor em várias vertentes,
como melhoria da infraestrutura e atração de novas empresas
agropecuárias. “Também estamos discutindo a desburocratização do
licenciamento ambiental e isso também facilita novos investimentos e
financiamentos, em especial para micro, pequenos e médios produtores”,
acrescentou.
Além dos fatores citados por Saldanha, o
governo segue investindo em legislações adequadas para cadeia do
leite/queijo e a carcinicultura, em pequenos produtores e as atividades
de pecuária, bem como a agricultura irrigada e beneficiamento de
produtos agrícolas, investindo mais de R$ 35 milhões através do programa
Governo Cidadão, por meio do Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial.
Segundo melhor percentual, a indústria
apresentou 0.6%. No RN, o secretário de Desenvolvimento Econômico,
Flávio Azevedo, destacou três ações de incentivo do governo que
subsidiam essa expectativa de crescimento. “Embora todos os estados
possuam programas de incentivo, nosso diferencial é a agilidade no
processo de resposta. A concessão do Proadi, por exemplo, passa por
diversas pastas, mas trabalhamos de forma colaborativa o que gera
celeridade na liberação. O RN Gás Mais é o único programa do tipo no
Nordeste, aliviando o gasto das empresas com o custo da energia. Soma-se
a eles, a facilitação do licenciamento ambiental por meio do Idema, o
que dá agilidade na instalação das indústrias e/ou empresas”, disse o
secretário.
O Proadi é considerado o maior projeto de
incentivo fiscal às indústrias que se instalam no estado. A iniciativa
oferece redução no valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) na parcela recolhida ao Estado. Atualmente, mais de 100
empresas dos mais variados segmentos são beneficiadas e geram
aproximadamente 30 mil empregos diretos no RN. Outro incentivo oferecido
pelo Governo do Estado é o RN Gás Mais, que tem como objetivo fomentar a
atividade industrial, com tarifa diferenciada no consumo de gás natural
para as empresas que se instalem no interior do estado ou nos Distritos
Industriais, inclusive em Natal.
Especialista em Economia e chefe da
Unidade Estadual do IBGE no RN, José Aldemir Freire reforça que os
números, ainda que caracterizados como uma estimativa, devem ser
comemorados. “Os dados apontam que o estado, mesmo não como um todo, já
apresenta índices positivos, ou seja, caminhamos para uma saída dessa
crise”. Ele lembrou, ainda, que segundo pesquisa do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) de janeiro a julho deste ano, o setor
de serviços registrou aumento de 0.3% em se comparado a igual período
de 2016.
Serviços foi o terceiro item analisado
pelo estudo “Mapa da Recuperação Econômica”. Nele, o Rio Grande do Norte
apresentou a expectativa de crescimento girando em torno dos 0.3%. O
setor engloba as atividades como o Turismo, entre outros serviços. “Os
números corroboram com a política que foi adotada desde o início da
gestão de apoiar e desenvolver o turismo como nunca antes visto na
história do RN”, pontuou o titular da secretaria de Estado do Turismo
(Setur), Ruy Pereira Gaspar.
Segundo o gestor da Setur, o Rio Grande
do Norte registrou no mês de agosto o crescimento de 13,5% no volume de
turistas. De janeiro a agosto o percentual foi de 8%, o que injetou na
economia mais de R$ 300 milhões se comparado ao mesmo período do ano
passado.
“Em meio aos muitos problemas que temos
enfrentado – na segurança e na economia, com queda de receitas – surge
uma primeira luz no fim do túnel. O índice mostra que estamos em melhor
situação do que a Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas na
projeção do PIB. Estamos empatados com o Ceará e só perdemos para
Maranhão e Piauí, que estão vivendo um grande momento pela expansão da
soja. É alentador saber que as nossas escolhas, de incentivar o turismo,
a indústria, a fruticultura e o camarão, para gerar emprego e combater a
crise foram acertadas” finalizou o governador.
ESTUDO APONTA CRESCIMENTO DA ECONOMIA NO RIO GRANDE DO NORTE
Reviewed by Erivan Justino
on
quinta-feira, setembro 14, 2017
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