IDEIA DE CONTADORA VIROU PROJETO DE GARIBALDI FILHO QUE LIBERA FGTS PARA MÃES

Uma iniciativa da contadora Fernanda Fonseca poderá permitir que as mães de recém-nascidos tenham liberado, em até seis parcelas mensais a partir do nascimento do bebê, um salário-mínimo de sua conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ideia foi encampada pelo senador Garibaldi Filho, que protocolou na forma do projeto de Lei do Senado nº 443/2016. A matéria foi aprovada por unanimidade na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e aguarda votação em Plenário.

A história da criação do PLS 443/2016 é um bom exemplo de como o cidadão comum pode interferir dos destinos do seu país. Ao elaborar sua dissertação para mestrado, sobre desigualdade entre gêneros, Fernanda Fonseca apurou que as mulheres trabalham, em média, quase 400 horas a mais que os homens, durante um ano. A partir daí, começou a estudar uma forma de contribuir para reduzir esta desigualdade. Quando desenvolveu a ideia da utilização do FGTS, passou a buscar alternativas de levar o projeto em frente.

“Inicialmente, pensei na possibilidade de apresentar um projeto de iniciativa popular, mas vi que seriam necessárias milhões de assinaturas, em vários estados. Mesmo se eu conseguisse, ia demorar muito. Então, eu lembre que o senador Garibaldi era acessível e sempre demonstrou interesse nas questões relacionadas ao direito das mulheres. Enviei um e-mail com a proposta e o projeto se tornou realidade”, narrou Fernanda Fonseca.

O dinheiro do FGTS, segundo Fernanda Fonseca – que já tem um filho e aguarda a chegada de mais um bebê – poderá amenizar a grande quantidade de gastos-extra que uma família tem no primeiro ano de vida de uma criança. “A mãe poderá ser planejar melhor para suportar os gastos com fralda, quarto, enxoval e leite para seu filho”, explicou. Ela acrescentou que a permanência de Garibaldi no Senado será importante para a aprovação final não apenas do PLS 443, mas também de outras propostas em benefício das mulheres.