IFRN: CAMPUS SANTA CRUZ RECEBE EXPOSIÇÃO DE IMAGENS DE ATIVISTA QUE VIAJOU O BRASIL

A trajetória de José Carrazzoni, em uma bicicleta, durou 15 anos e alcançou mais de 1800 cidades

José Carrazzoni Paranhos, conhecido por DAG, homem não de mistérios, mas de sentidos pelo o qual fez dele cumprir uma promessa. E qual seria essa promessa? Viajar pelo Brasil conhecendo várias cidades brasileiras em uma bicicleta e sentindo como realmente é a realidade individualista e social do Brasil. 

Essa promessa foi um projeto de vida de seu irmão de criação e melhor amigo em que os dois iriam fazer essa trajetória juntos, mas, infelizmente o destino modificou o rumo dos planos de ambos os irmãos: três meses antes de iniciar a viagem pelo Brasil a fora, seu irmão foi assassinado por três rapazes, sendo dois menores de idade, fazendo com que apenas DAG seguisse nesse objetivo por 15 anos andando pelo Brasil, tomando a natureza como sua companhia e tendo a oportunidade de ter as mais diversas sensações que até então só pessoas de lugares e realidades distintas podiam conhecer, sensações estas das mais sofredoras às mais prazerosas, conhecendo pessoas de todos os comportamentos, cores, culturas, classes econômicas. 

Vendo da pior a melhor imagem contemplada pelos seus olhos e registradas pelas suas lentes digitais, as quais permitiu realizar o trabalho de capturas fotográficas e exposições pelas comunidades municipais. Inclusive seu trabalho veio a ser apresentado no ambiente institucional do IFRN-SC, onde todos puderam prestigiar o acervo impresso de sua(s) viagem(ns), além de divulgar sua visão da sociedade brasileira com bastante enfoque em temas humanitários. Vivendo apenas de contribuições para necessidades básicas de alimento e moradia, fez dessa grande jornada uma lição de vida pela qual as pessoas se emocionam ao ouvir falar um pouco das muitas histórias vividas. Nossa equipe Bloco de Notas o convidou para uma entrevista já que ele está com suas exposições de fotos de registo de suas viagens e histórias, no espaço cultural do IFRN na cidade de Santa Cruz nos dias 02 e 03 de julho.

Ao subir até o segundo piso do bloco B do Instituto podia-se verificar o espaço cultural reservado com banners estendidos e espalhado de maneira estrategicamente interessante. No fundo via-se um homem, com feições simples e comunicativo, roupas leves e não muito elaboradas, sentado à mesa a mexer em seu celular, administrando a apresentação de slide e música. Mais tarde os alunos seriam convidados a visitá-lo, ouvir seus relatos e fazerem questionamentos. Conquistou alunos com sua história, chamou atenção de servidores que tivemos que “arrancá-lo” do diálogo com aqueles para realizar a entrevista.