PRESIDENTE HENRIQUE ESCLARECE, EM ENTREVISTA, QUE PMDB É, E CONTINUARÁ SENDO, ALIADO DO GOVERNO ROSALBA
Henrique alfineta Robinson Faria e diz que o PMDB nunca pediu a ninguém para esperar
O presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, foi entrevistado pelos jornalistas Anna Ruth Dantas e Aldemar Freire, da Tribuna do Norte, sobre política, reeleição, governo, avaliação sobre o Estado. Vale conferir:
Tribuna do Norte – Como o senhor avalia o cenário para o pleito de 2014?
Henrique Alves - Acho
que é muito cedo. Qualquer visão que se insista em ter agora não é a
que vai acontecer, não é a verdadeira. Como falta muito tempo, a
realidade vai se impor de forma diferente. É inútil discutir agora
cenários que poderão não ser verdadeiros. É uma questão apenas de
enxergar diferente.
TN – Mas há quem esteja conversando sobre 2014…
HA- Eu acho que esse é um ano muito importante para o Rio Grande do Norte. É o momento de juntar as energias, buscar vitórias para o nosso Estado. Se você tratar essa questão eleitoral e radicalizar, começa a ter olhares atravessados dos interessados. E quero que nessa hora todos olhem para o presente e o futuro do Rio Grande do Norte.
HA- Eu acho que esse é um ano muito importante para o Rio Grande do Norte. É o momento de juntar as energias, buscar vitórias para o nosso Estado. Se você tratar essa questão eleitoral e radicalizar, começa a ter olhares atravessados dos interessados. E quero que nessa hora todos olhem para o presente e o futuro do Rio Grande do Norte.
TN – O senhor acha que
caminha para uma aliança com o PT? Os petistas colocam como pré-condição
não ter o DEM no palanque. Será possível uma aproximação dada essa
condição?
HA -
O PMDB não defende e nem participará de nenhuma solução radicalizada. A
história mostra que esse radicalismo não leva aos melhores resultados.
Nenhuma solução radical imposta terá a melhor compreensão do PMDB. E
digo mais: a questão hoje colocada é que o PMDB é parceiro, sim, da
governadora Rosalba. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. O
PMDB faz parte da base de apoio da governadora. Eu tenho muita
autoridade para falar sobre isso porque não a apoiei para governadora na
eleição de 2010.
TN – Na ocasião havia posicionamentos diferentes no PMDB…
HA - Eu apoiei Iberê Ferreira, mas, como perdi a eleição e Garibaldi Filho, nesta linha, ganhou, ou ele vinha para cá ou eu ia para lá. Como eu sei ganhar e sei perder, e perdi, para reunificar o PMDB, somei no apoio à governadora. Quem construiu a realidade de hoje foi a liderança vitoriosa do senador Garibaldi junto à candidata Rosalba. Eu me adaptei a essa realidade. O PMDB faz, sim, parte da base da governadora Rosalba, ao lado do PR, do PP e de outros partidos. Esse é o quadro de hoje. Se será o de 2014, até lá saberemos.
HA - Eu apoiei Iberê Ferreira, mas, como perdi a eleição e Garibaldi Filho, nesta linha, ganhou, ou ele vinha para cá ou eu ia para lá. Como eu sei ganhar e sei perder, e perdi, para reunificar o PMDB, somei no apoio à governadora. Quem construiu a realidade de hoje foi a liderança vitoriosa do senador Garibaldi junto à candidata Rosalba. Eu me adaptei a essa realidade. O PMDB faz, sim, parte da base da governadora Rosalba, ao lado do PR, do PP e de outros partidos. Esse é o quadro de hoje. Se será o de 2014, até lá saberemos.
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TN – O PMDB havia marcado
reunião para maio onde discutiria a relação com o Governo Rosalba
Ciarlini. Por que desmarcou? Receio de divisão no partido?
HA – Eu
marquei essa reunião lá atrás, mas havia possibilidade de uma
coincidência de estar aqui a presidenta Dilma. Para não ter que
desmarcar na véspera, eu adiei. Mas aproveitei também, porque senti que o
clima estava sendo contaminado e aqui ou acolá poderia conduzir a uma
radicalização do processo para lançamento de candidatura de governador.
Não era a reunião que eu queria ter para programar encontros regionais,
discutir o Rio Grande do Norte, ter esse papel de construção do qual o
PMDB quer ser protagonista.
TN – Isso não obstruiu o debate no partido?
HA - Não. Há
instrumentos que possibilitam ao PMDB essa posição. Hoje o partido tem o
ministro de Estado, o presidente da Câmara. Então eu tenho obrigação de
pensar assim. Quando eu vi que a coisa poderia ser meramente eleitoral e
radicalizada nesse sentido, aproveitei e não realizei mais. Não quero
uma reunião do PMDB para discutir quem vai ser governador, lançar
candidatura, radicalizar o processo. Não é hora para isso. Estamos
vivendo um momento único no Rio Grande do Norte. Eu não sei quando vai
se repetir. Se começarmos agora a nos dividindo, ir para lá ou ir para
cá, termina a sinergia se perdendo. Essa é a hora do Rio Grande do Norte
atrair investimentos para imensos desafios que precisamos superar.
TN – Mas alguns parâmetros já são possíveis vislumbrar para 2014? Por exemplo, o PMDB terá candidato próprio ao Governo?
HA - Hoje não teria
motivo para uma definição. Fazemos parte da base de um Governo, que vai
discutir na época, entre seus participantes, que rumo tomar. Então, não
poderia afirmar, hoje, se haverá candidatura própria do PMDB. Veja, se
nós estamos integrando um sistema político com vários partidos, essa
decisão deverá ser conjunta. Na época, vamos ver o quadro e, com muito
realismo, identificar, as tendências, sentir o que o povo quer. Na época
certa, portanto, poderemos aferir.
TN – Mas adiar essa definição não seria prejudicial ao partido?
HA - Não gostaria
que fosse uma posição isolada. Lógico que todos pensam em candidatura
própria para presidente da República, para o Governo do Estado. Essa é
uma vontade de qualquer partido. Mas na hora em que você integra um
sistema político com outros partidos, não pode ter esse egoísmo como
ponto principal. Você tem que participar dessa articulação conjunta até
porque uma andorinha só não faz verão. Ninguém pense que sozinho vai
ganhar uma eleição por mais forte que possa estar. Temos que buscar
parceiros, construir aliança. Se fazemos parte de um grupo, com alianças
políticas, acho que no final do ano ou início de 2014, vamos nos
sentar, examinar o quadro, com uma grande pesquisa qualitativa que nos
oriente, e saber qual a vontade do povo do Rio Grande do Norte.
TN – Pelo fato da
governadora Rosalba Ciarlini ter o direito de ser candidata à reeleição,
isso quer dizer que no grupo político, do qual o PMDB faz parte, ela é a
preferencial para concorrer?
HA - Na hora em que
ela tem o direito de ser candidata, como Garibaldi Filho teve, e outros
tiveram, acho que é a preferência natural. O que precisa saber é se o
direito da governadora será exercido ou não por ela. Nessa avaliação
terá que se fazer também com dados objetivos, reais.
TN – O que se deve levar em consideração para definir se a governadora concorrerá à reeleição?
HA - Como estará
sua posição administrativa, como estará avaliado o seu governo e a
expectativa de vitória eleitoral. Mas a primeira avaliação será para
saber se a solução natural da reeleição estará viável política e
eleitoralmente. Esse será o primeiro dado a ser colhido com o qual
poderemos concordar ou não. Mas na hora certa, na hora própria e de
forma muito leal.
TN – O senhor se sente motivado a ter o nome cogitado nessas discussões que vão ter para uma chapa majoritária?
HA – Não. Minha
motivação é continuar na Câmara Federal. Acho que tenho papel importante
a desempenhar no quadro nacional. Uma saída minha, neste momento da
conjuntura nacional, deixaria um vácuo importante. O Rio Grande do Norte
precisa manter (essa posição) até para ajudar o governador. Meu
projeto, sim, é uma reeleição para deputado federal.
TN – Na próxima legislatura, o senhor poderia ser reconduzido a presidente da Câmara?
HA -
Aí é o sonho dos sonhos. O sonho já realizei. O ‘sonho dos sonhos’ que
pode acontecer ou não, dependerá do resultado da eleição, do tamanho da
bancada, do entendimento com o PT e com outros partidos…
TN – Mas esse sonho, como definido pelo senhor, faz parte do seu projeto?
HA -
Estou muito envolvido, e concentrado, no atual mandato. Está começando
ainda, não quero atropelar as coisas. Não tenho o direito de atropelar.
Na hora em que você adquire uma experiência, como adquiri, tem que saber
que todo dia é a sua agonia ou todo dia sua alegria. É construir passo a
passo o caminho.
TN – Mas descarta a possibilidade de uma candidatura ao governo?
HA – Para uma
candidatura a governador eu não ofereço o meu nome, porque estou em um
projeto nacional que é muito importante para o Rio Grande do Norte.
TN – O nome do ministro da Previdência Garibaldi Filho para o Governo é uma possibilidade no PMDB?
HA - Sim, poderia
ser, porque acho que em qualquer pesquisa que se realize, o nome de
Garibaldi vai pontuar em primeiro lugar tranquilamente. Mas é um direito
dele também (concorrer ou não). Garibaldi está em um bom momento, é
ministro da Previdência. Com a reeleição da Dilma, ele, certamente,
continuará ministro nesta ou em outra pasta. É um espaço que o Rio
Grande do Norte também não pode jogar fora.
TN -
Embora o senhor fale em alinhamento do PMDB com o Governo Rosalba, o
próprio ministro, em declarações à imprensa, não mostra descontentamento
com a administração estadual?
HA -Eu
reconheço que o Governo Rosalba não tem atendido as expectativas do PMDB
como um todo. Tanto é assim que provocou aquela reunião de Brasília.
Mas aconteceram mudanças. Acho que a modificação que ocorreu em recursos
hídricos, na saúde e na agricultura, já foi um passo a favor. Se
poderemos ter outro nessa direção, isso a gente poderá avaliar. Agora, a
insatisfação é evidente. O Governo passa por dificuldades. Mas eu acho
que o PMDB tem o dever e, eu aprendi isso com o meu pai (Aluízio
Alves), de ajudar. Não pode dizer: “Na hora em que está tudo bem, serei
governo. Na hora em que as coisas não estão bem, largarei o barco”. Não é
assim. Tem que ajudar a melhorar, a corrigir. Foi isso que aprendi com
meu pai.
TN – A deputada Fátima Bezerra confirmou que tem o nome dela posto para o Senado. O PMDB admite discutir isso?
HA - Não
sei, porque na formação de aliança não pode se discutir só o Senado.
Essa será uma eleição que envolve governador, senador, bancadas federal e
estadual. A aliança precisa se construída coletivamente e ver também o
que é melhor para eleger deputados estaduais, como é melhor para eleger
uma forte bancada federal. Vamos discutir esse assunto, na época
própria, coletivamente.
TN – Há quem fale em um
desconforto do PR no Governo Rosalba Ciarlini. O senhor conversou sobre o
assunto com o deputado João Maia?
HA -
Não. Eu estou cuidando do PMDB, o que já é muito. O deputado João Maia
tem muita competência, experiência, é um líder forte partidariamente.
Sabe conduzir. Mas eu não tenho a menor dúvida, está na hora de outro
conselho político daquele se reunir para avaliar o que foi feito de lá
para cá, se as mudanças aconteceram. Eu ainda acho o Governo muito preso
nas suas decisões. Ainda acho que não está interagindo como deveria.
TN – O que está travando esse Governo? O que acontece que a governadora não consegue reverter os índices de desaprovação?
HA -
Primeiro, as medidas econômicas e de investimento que vão gerar um
melhor futuro para o Rio Grande do Norte são a longo prazo. Agora mesmo
temos um exemplo importante. A presidenta Dilma esteve aqui e destinou,
em várias vertentes, quase R$ 2 bilhões para investimentos no Rio Grande
do Norte. Essas coisas precisam acontecer para mostrar ao cidadão que o
Estado está se desenvolvendo, crescendo e isso pode melhorar a análise
do desempenho dos Governos Federal e Estadual. Vamos ver se isso
acontece e se vai ser suficiente para recuperar também a posição do
governadora Rosalba Ciarlini ou se é preciso um pouco mais. De qualquer
modo, o Governo precisa ainda conversar mais, interagir. Mas há também
limitações financeiras, que têm levado o Governo a dizer muito “não”
àqueles que precisam. Vamos ver se essa é uma questão financeira ou de
ordem gerencial, de competência. Essa análise precisa ser feita logo
para saber se as circunstâncias melhoram do ponto de vista político e
administrativo.
TN – O vice-governador
Robinson Faria, em declaração recente, disse que os partidos que estão
na oposição não devem mais esperar o PMDB. Como o senhor viu essa
afirmação?
HA - O
PMDB nunca pediu a ninguém para esperar. Pelo contrário, estamos
dizendo que, a meu ver, não é hora do PMDB discutir política eleitoral.
Quem achar que nesta hora vai conversar eleição 2014 com o PMDB ,
ajustando chapa, candidaturas, vai cometer um erro. Essa não é a hora
para isso.
TN – Por quê? HA -
Eu fico imaginando o cidadão norte-rio-grandense, preocupado com a
segurança, com a saúde pública… Não passa pela cabeça dele quem será o
governador eleito em outubro de 2014. Quem discute isso agora são mais
os atores políticos, em nível estadual, municipal. O cidadão não está
preocupado em saber quem vai tentar melhorar a sua vida a partir de
janeiro de 2015. Quer saber as medidas que serão adotadas neste momento.
O PMDB não vai, no que depender da minha condução, mas não mando no
partido, precipitar um processo eleitoral. Apenas os que já são
candidatos pensam nisso 24 horas por dia. Não é o caso, a meu ver, de
ninguém do PMDB.
TN – Quem lança candidatura agora ao Governo e Senado está cometendo um erro estratégico?
HA -
Pode ser que pense: “Quem é coxo, parte cedo”. Talvez alguém acha que
precisa começar a viabilizar o nome, porque não tem uma estrutura
partidária maior para dar suporte na hora da decisão. Respeito muito.
Mas o PMDB não está nesse cenário e, se depender de mim, não estará até o
final do ano.
TN - Houve desobstrução no diálogo do PMDB com o PSB?
HA - Acho
que houve e eu vi com muito bons olhos o gesto da ex-governadora Wilma
em vir aqui à minha casa por iniciativa dela. Eu agradeci e ela foi
muito correta. Não discutimos candidatura de 2014. Foi apenas o recomeço
de uma relação. Eu tinha uma relação com a ex-governadora muito boa.
Foi um gesto político interessante dela que eu registrei.
TN – O senhor também tem dado sinais de reaproximação com o prefeito de Natal, Carlos Eduardo? HA -
O prefeito Carlos Eduardo foi eleito e todos nós sabemos que Natal hoje
está deteriorada, carente de serviços públicos, de cidadania. O
prefeito terá em mim, 24 horas por dia, toda a disposição e apoio para
ajudar. Já as questões políticas, o tempo dirá.
TN – Se o senhor não oferece
o seu nome para ser candidato a governador, se o ministro Garibaldi
Filho também já disse que não oferece, o PMDB tem como apresentar
candidatura própria?
HA - É
impressionante como vocês querem falar sobre esse assunto. Não é hora de
discutir isso. Veja, os leitores podem observar, quero registrar, como
perguntam sobre esse assunto. Mas não é o momento. Precisamos pensar no
Rio Grande do Norte. Temos imensos desafios. O novo porto, o transporte
leve sobre trilho, a necessidade de modernizar nosso Estado. Não vou
discutir política eleitoral agora.
TN – Há uma expectativa do
Rio Grande do Norte com senhor na presidência da Câmara dos Deputados.
Teme frustrar essa expectativa?
HA - Não.
Não vou frustrar, até porque eu penso nisso 24 horas por dia. O meu
sonho — pessoal, emocional e político — já realizei. Um deputado de um
Estado pequeno, que tem a menor bancada, de oito deputados, foi
representante da bancada do PMDB e consegue pelo seu partido se eleger
presidente da Câmara, que tem 513 parlamentares. Essa realização
pessoal, da minha vida pública, da minha coerência, eu já realizei na
hora que sentei ali. Agora, a partir dali, eu quero realizar outro: ser
um grande presidente da Câmara para o Brasil e para o Rio Grande do
Norte. Vou lutar por isso no que eu puder.
TN – O senhor confirma o edital de licitação da Reta Tabajara para o dia 20?
HA - Vão
sair os dois dia 20 (o edital de licitação da Reta Tabajara e do projeto
da duplicação da BR 304). A gente espera começar em dezembro a obra da
BR 304. Isso porque vai ser pelo RDCI que é mais rápido. Pelo RDCI
(Regime Diferenciado Integrado de Construção), a empresa faz o projeto e
vai construir a obra. O ganhador do projeto, nesse edital, que eu
espero até dezembro estar realizado, fica com a construção também.
TN – Esse (a duplicação da
BR-304) é o projeto mais importante para esse período no qual o senhor
estará na presidência da Câmara?
HA - Não. A
gente quer conquistar para o Estado, que é urgente, o novo porto.
Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, estrangularam um pouco o nosso
porto, que perde competitividade e espaços. Temos que construir o novo
porto. E podemos também tentar ampliar a refinaria Clara Camarão, em
Guamaré. Ela era para ser maior. Esse é um dos objetivos que a gente
poderia traçar. Tem vários projetos que o Estado precisa viabilizar e,
para isso, deve ter unidade.
TN – Como viabilizar a conquista desses projetos? HA -
Não é só Henrique na Câmara porque uma andorinha só não faz verão. Eu
sou forte se eu conseguir unir a bancada, com a Assembleia, com o
Governo, aí sim nos apresentaremos unidos e fortes perante o Governo
Federal. Há uma questão que também me preocupa muito e precisa de ações
urgentes. É a saúde pública. Precisamos de ações que fortaleçam os
hospitais regionais e assim diminua o inchaço que há em Natal, com
pacientes vindos do interior. A segurança pública também é outro aspecto
muito importante. Hoje o que temos é a insegurança pública. É
necessário o envolvimento de todos para o reforço dos segmentos que
envolvem a segurança com o apoio do Governo Federal.
PRESIDENTE HENRIQUE ESCLARECE, EM ENTREVISTA, QUE PMDB É, E CONTINUARÁ SENDO, ALIADO DO GOVERNO ROSALBA
Reviewed by Erivan Justino
on
quinta-feira, junho 20, 2013
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